Jardim de Monet

Jardim é para encantar os olhos. Jardim é beleza. Jardim é paz. Seja aonde for. Agora, ir a Paris e visitar o Jardim de Claude Monet é guardar para sempre o paraíso na retina. E na alma! 

 

Claude Monet (1840 - 1926) está entre os pintores impressionistas mais célebres da história.  Em 1883, se mudou de Paris para Giverny, onde alugou uma residência com um grande espaço de terra. Lá viveu por quase 43 anos. A residência foi aberta ao público em 1980 e desde então recebe milhares de visitantes de todas as partes do mundo.

Giverny fica a 88km de Paris e é uma excelente opção para quem vai passar um bom tempo na capital francesa. Sugiro separar um dia para o passeio, mas correndo e saindo bem cedo é possível passar apenas a manhã.

Acontece que a Rue Claude Monet é muito charmosa. Andar por ali, escolher um restaurante gostoso para almoçar e beber um vinho é um programa e tanto. De fato a rua é uma atração!

Já dando “pitaco” no seu roteiro digo que tome o café da manhã com calma e siga para Giverny. Chegando visite a Fundação Monet.

O ingresso custa €9 e pode ser comprado na porta. Prepare-se: dependendo do dia uma fila o espera. Não é nada desesperador, mas considere um tempinho em pé para entrar.

Para evitar a fila, o site da fundação diz ser possível comprar o ingresso pela fnac online (http://www.fnacspectacles.com/). Quando fui não consegui, mas vale tentar. Se der certo, entre pela entrada de grupos.

 

Caso não consiga, logo em frente a fila tem um carrinho de sorvete. Como nunca resisto a um glacée, não seria esse o primeiro. Não foi o melhor que comi pela França, mas sorvete é sempre sorvete! Pode ser uma estratégia para se distrair enquanto espera na fila.

Ao entrar, tem uma lojinha e logo: Voilá! Le Jardin!

 Vou dividir a visita em três escalas:

As Flores: Chamado Clos Normand, é o jardim floral localizado em frente a residência. Um ‘tudo junto e misturado’ organizado em canteiros e passarelas. Ali, Monet semeou mais de 1.800 variedades de flores e vegetais. Fez um jogo de flores, árvores, borboletas, frutas, cores e gente! Muita gente!

 

A Casa: Casa de dois andares onde Monet morou com seus filhos e Alice, sua segunda mulher.

O Lago: Com o sucesso de suas vendas Monet adquiriu essas terras em 1893. Para chegar nessa parte, atravesse uma passarela subterrânea e ande por poucos minutos. Lá o artista fez um novo jardim com inspiração japonesa que ao mesmo tempo antagoniza e completa o primeiro. 

 

É nessa parte que está localizada a conhecida ponte japonesa representada em suas obras, bem como os bambus e nenúfares que decoram o espaço. 

Confesso ser essa a minha parte favorita. Ali viajei imaginando Monet sentado nos bancos espalhados com suas tintas e telas. Me transportei para suas pinturas e senti-me um pouco parte dessa arte. 

Mesmo com a ponte sempre lotada, não perca a paciência e espere para tirar uma foto sobre ela. Caso seja uma viagem de casal, deixe a vergonha de lado e peça para que alguém fotografe os dois. Uma foto nessa pintura vale muito!

Como chegar?

Carro: É possível alugar um carro ou contratar um motorista (como o que apresentei no post “Nós sempre teremos Paris” – Taxis Alves José - Tel: 06 07 56 46 09 ou 01 34 68 60 22)

A fundação tem estacionamento gratuito.

Trem: Em Paris, pegue o metro de onde estiver (linhas 3, 12, 13 e 14) até a Gare Saint Lazare. Uma vez lá, saia da estação do metro, siga as placas para as linhas de trem e vá até o escritório da SNCF (rede ferroviária francesa). Compre logo o bilhete de ida e volta para Vernon (€ 25,60 – 2^a classe). Fique atento!  O destino final do trem é Rouen e Vernon é apenas uma parada.

 

Quando fui, comprei o bilhete de 1^a classe que custa €39.40 ida e volta. Não é tão mais alto, mas sendo honesta, não vi grande diferença. Das duas uma: entrei na primeira classe errada ou realmente a diferença é muito sutil.  De uma segunda vez não me importaria comprar de 2^a mesmo.

Não deixe de carimbar seu bilhete antes de entrar! Apesar da fiscalização não ser freqüente, existe multa para quem não carimba.

A viagem dura cerca de 45 minutos e os horários são:

De segunda a sexta:
Paris-Vernon: 8h20, 10h20, 12h20 e 14h20
Vernon-Paris:  12h53, 14h53, 16h53, 17h52, 18h52

Sábado:
Paris-Vernon: 8h20, 10h20, 12h20 e 14h20
Vernon-Paris: 12h53, 14h53, 17h53, 19h12

Domingo:
Paris-Vernon: 8h20, 10h36, 12h20 e 14h20
Vernon-Paris: 12h53, 14h53, 16h53, 17h53 e 18h53 

Sugestão:  Ir no trem de 10h20 (afinal de 8h20 significa madrugar) e voltar no de 17h53 ou mais tarde.

Acho mais fácil comprar o bilhete online: http://www.voyages-sncf.com/

Se não tiver algum lugar na França para a entrega da compra, pegue o bilhete na própria estação no dia da viagem.

Chegando em Vernon, ao sair da estação, um ônibus (a direita) espera para levar os passageiros até Giverny. Não tem erro. Existe uma marcação de passos no chão para guiá-lo. O bilhete de ida e volta custa €4 e a viagem dura mais ou menos 20 minutos.

O ônibus deixa em um estacionamento próximo a Rue Claude Monet. Próximo mas não lá. Tem uma caminhada de alguns poucos minutinhos te esperando. O caminho porem é bem sinalizado e bastante agradável.

No trajeto verá uma placa indicando o busto de Monet. Vale a foto!

Atenção: Não deixe de pegar os horários de volta do ônibus. É bom para se programar de acordo com o seu trem de volta.

E depois da Fundação Monet?

Depois da visita escolha o restaurante que mais encantar (são todos lindos) sente-se e almoce em meio a flores e cores. Beba um vinho, tire fotos, compre uma lembrança e volte para um restinho de dia em Paris!

Bom saber:

A Fundação Monet fecha no inverno. Funciona de 1º de abril até 1º de novembro.  Nesse período, abre todos os dias de 9h30 até 18h00. No entanto, só permitem entrada até 17h30.

Para saber mais: http://www.fondation-monet.fr/fr/

Fui no outono e os jardins estavam lindos. Não consigo imaginá-los mais floridos. Assim, se alguém for na primavera, mande fotos!

Au revoir!